Translate

11 novembro 2009

TRIBUNAL FEDERAL APLICA PENA DE APOSENTADORIA COMPULSÓRIA A JUIZ

O Plenário do TRF da 4ª Região, com sede em Porto Alegre e jurisdição nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, em julgamento ocorrido na última quarta-feira (04/11) determinou a aposentadoria proporcional compulsória ao juiz federal Jail Benitez Azambuja, titular da Subseção Judiciária de Umuarama no Paraná.



Segundo a acusação, o referido magistrado teria forjado um suposto atentado contra a própria vida em Umuarama, além de, mais tarde, contratar pistoleiro para atirar na casa de seu colega Luiz Carlos Canalli


O juiz Benites de Azambuja chegou a ser preso temporariamente em setembro do ano passado, em Curitiba, acusado de participação no atentado. O inquérito corre sob sigilo de Justiça.


A determinação para a prisão foi dada, à época, pelo TRF-4. As autoridades responsáveis pelas investigações negaram-se a fornecer detalhes. Apenas foram confirmadas, à época, as prisões do juiz e de seu jardineiro, Adriano Roberto Vieira, que foi acusado de porte ilegal de arma e de ter dado os tiros contra a casa do juiz Canalli.


Em depoimento, o jardineiro assumiu a autoria e disse que "agiu sem conhecimento do juiz".


Para entender o caso:


* No início da manhã do dia 19 de setembro, a casa e dois carros do juiz Canalli foram atingidos por vários tiros. As investigações levaram à prisão, dias depois, do juiz Azambuja.


* Ele estava fora de casa e, quando chegou recebeu voz de prisão e foi conduzido ao Centro de Operações Policiais Especiais da Polícia Civil. Seu jardineiro, que às vezes servia como motorista da família, acabou preso em Porto Camargo, município próximo, quando pescava.


* Segundo o advogado do jardineiro, Antonio Mossurunga Moraes Filho, no depoimento ele assumiu o atentado e inocentou o juiz Azambuja. "o jardineiro não sabia de nada e estava bêbado quando deu os tiros.


* Em fevereiro do ano passado, o carro utilizado por Azambuja recebeu seis tiros de pistola, sem que houvesse feridos. Dias depois, ele decretou a prisão de 47 pessoas, entre elas policiais civis e militares, sob suspeita de envolvimento no atentado. Elas foram liberadas na semana seguinte por falta de provas.


Extraído do site Espaço Total, via JusBrasil.

Nenhum comentário: