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14 agosto 2009

IURD: O REINO DO DINHEIRO

Foto José Patrício/AE (estadao.com.br)

É sobejamente conhecida a intensidade com que os pastores dessa igreja buscam obter recursos financeiros de seus fiéis. Mas, muitos deles talvez nem tenham ciência de como tais recursos são utilizados.

Veja o que noticiaram nesta semana os principais órgãos de imprensa a respeito. Aqui, algumas informações:

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Estado de São Paulo ofereceu denúncia contra o bispo Edir Macedo, Alba Maria da Costa, Edilson da Conceição Gonzales, Honorilton Gonçalves da Costa, Jerônimo Alves Ferreira, João Batista Ramos da Silva, João Luís Dutra Leite, Maurício Albuquerque e Silva, Osvaldo Scriorilli e Veríssimo de Jesus. Eles são acusados de integrar um esquema utilizando empresas de fachada que remetiam para o exterior dinheiro recebido através de doações de fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. Esse dinheiro era depositado em paraísos fiscais e retornava ao Brasil em forma de contratos de mútuo (empréstimo) e utilizados para aquisição de empresas.

Conforme a denúncia, Edir Macedo e os demais acusados há cerca de 10 anos vêm se utilizando da Igreja Universal do Reino de Deus para a prática de fraudes em detrimento da própria igreja e de inúmeros fiéis, investindo em bens particulares, como imóveis, veículos ou joias.
De acordo com o Ministério Público, durante as investigações, os promotores conseguiram localizar milhares de depósitos em dinheiro em favor da Igreja Universal. Somente no período entre março de 2003 a março de 2008, esses depósitos somaram R$ 3,9 bilhões, de acordo com o MPE.

A denúncia foi recebida pelo juiz da 9ª. Vara Criminal da Capital.
Veja a notícia completa em Justiça recebe denúncia contra bispo Edir Macedo e mais nove

Relatório de inteligência financeira 441 do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) elaborado em 2008 é uma das provas do Ministério Público Estadual (MPE) na denúncia feita à Justiça contra o bispo Edir Macedo, fundador e líder da Iurd, e outros nove integrantes da igreja acusados de lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

No relatório do Coaf são analisadas movimentações atípicas por meio de TEDs ocorridas entre 2001 e 2003. A própria igreja aparece como a principal beneficiária das transferências em duas contas correntes. Uma delas está em nome de Jerônimo Alves Ferreira, um dos réus do caso, que foi diretor da Unimetro Investimentos. Em segundo lugar está a Record. Também são citadas a Edminas SA (3º lugar), a rede Mulher de Televisão (4º lugar) e a Editora Gráfica Universal (5º lugar) e Rede Família de Comunicação Ltda (6º lugar) - o Coaf listou 87 supostas beneficiadas por TEDs.
Mais informações em Dinheiro da Igreja Universal vai para empresas de comunicação

No blog do Noblat:

Um diploma assinado por Jesus Cristo e uma chave do céu estão entre os "prêmios" entregues a fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus explorados em sua fé.
Pastores chegavam a dizer que aqueles que amam Jesus deveriam pôr a chave de seus carros nas sacolinhas que circulam pelos tempos, de acordo com denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo, aceita segunda-feira pelo juiz da 9ª Vara Criminal da capital, Gláucio Roberto Brittes de Araújo.
Num dos capítulos da denúncia, denominado "ocultação de bens pertencentes ao grupo criminoso", os promotores apresentaram documentos que provariam uma série de negociações escusas na aquisição da TV Itajaí, em Santa Catarina, e na transferência de ações da rádio Record e das emissoras da TV Record em São Paulo, Franca e Rio Preto.
Leia mais em: Universal: denúncia contra Edir Macedo, que teria falsificado documentos, reúne casos de fiéis coagidos a doar até cama onde dormiam

Tribunal manda Igreja Universal do Reino de Deus devolver carro a mãe de ex-fiel

A Igreja Universal do Reino de Deus (filial de Goiânia) terá de devolver à dona de casa Gilmosa Ferreira dos Santos um veículo da marca VW-Golf, doado pela sua filha e ex-fiel Edilene Ferreira dos Santos, durante evento promovido pela instituição religiosa denominado “Fogueira Santa de Israel”. A decisão, por maioria de votos, é da 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), que acompanhou voto do juiz Ronnie Paes Sandre, em substituição no Tribunal, e reformou, em parte, decisão do juiz Jeová Sardinha de Moraes, da 7ª Vara Cível de Goiânia. Na decisão singular, além de julgar procedente o pedido para declarar nulo o contrato de doação do carro, determinando a restituição imediata do veículo, Jeová Sardinha havia condenado a igreja a indenizar a apelada, por danos morais, em R$ 10 mil. No entanto, Ronnie Sandre, que ficou como redator do acórdão, entendeu que o simples aborrecimento ou transtorno não acarreta indenização por dano moral. “Analisando melhor os fatos narrados no processo constatei que as ofensas verbais e físicas ocorreram com pessoas diversas da recorrida e baseou-se em depoimentos testemunhais equivocados”, avaliou.

Ao analisar o caso, o magistrado ponderou que não cabe ao Judiciário tecer qualquer comentário ou crítica sobre a fé professada pelos cidadãos. “O debate recursal não está no campo bíblico, ou seja, em se discutir o dízimo preconizado pela igreja, mas sim em efetuar uma interpretação jurídica dos fatos. Qualquer relação negocial submete-se à legislação civil vigente, independente de seu cunho religioso”, destacou. Na opinião do juiz, pouco importa se a apelada continuou ou não frequentando o templo da apelante, pois acabou sendo induzida psicologicamente. “A constitucionalização das relações privadas devem ser vistas sob o enfoque dos princípios da função social do contrato e da dignidade da pessoa humana. A questão é simples: houve uma doação nula, pois faltou um requisito indispensável: o espírito de liberalidade que exige elevado grau de consciência, já que a apelada alegou que sua filha foi ludibriada pela fé, visando recompensa divina que não experimentou”, enfatizou, ao citar entendimento do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.
Fonte: TJGO

Dizem que Deus é brasileiro e muita gente acredita nisso, embora a bíblia e a história registrem que Jesus nasceu em Belém, mas na Galiléia, não do Pará. Aqui também se diz que para quem sabe ler um pingo é uma letra. É o contrário, analfabeto é que pensa que um pingo é letra. Quem é alfabetizado sabe que um pingo é apenas um pingo.

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