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24 abril 2009

SEAN UMA CRIANÇA NORTE-AMERICANA EM DISPUTA (CAP. 16)



A disputa pela guarda do menino Sean Goldman ultrapassou as barras dos Tribunais e é travada também em outras esferas.

Além da pendenga judicial, a guerra de versões alcançou os jornais brasileiros e norte-americanos, com direito a manifestações públicas aqui e nos Estados Unidos e agora chega ao Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Os interessados, o pai biológico David Goldman e o padrasto João Paulo Lins e Silva, enviaram cartas ao conselho, defendendo cada qual sua posição.

Depois que soube da carta enviada pelo padrasto de Sean, Goldman, através de seu advogado Ricardo Zamariola Junior, resolveu escrever uma também. Nela (clique aqui para ler), a defesa contesta as afirmações do padrasto de que David não se importou com o filho.

Com informações do portal UOL, o Conjur, publica hoje que o ministro da Secretaria dos Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, defendeu na quarta-feira (22/4), em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, a permanência do menino Sean Bianchi Goldman com a família brasileira, desde que assegurada a visitação do pai biológico sempre que desejar.

Diz ainda que o ministro declarou aos jornalistas que "É uma decisão que estou antecipando como opinião pessoal", ressaltando a necessidade de se buscar uma solução para o caso que atenda os dois lados interessados.

Atribui ainda ao ministro esta verdadeira pérola: "Não acredito que possamos separar a questão em dois times, com placar favorável só a um time."

Gostaria de saber como é que se pode ter um jogo com placar favorável a dois times numa disputa. Isso é um verdadeiro disparate dito por um ministro que tem a incumbência de fazer valer no Brasil a Convenção de Haia. Jamais deveria declarar sua posição favorável a uma das partes se a própria a AGU luta para que o menino seja entregue ao pai biológico. Uma verdadeira contradição. Demonstra o seu despreparo para a função que lhe foi atribuída.

Do jeito que a coisa caminha, com várias disputas judiciais complicadas e agora extra-judiciais, perante a mídia, o Conselho Nacional da Criança e do Adolescente e Comissão dos Direitos Humanos e Minoriais da Câmara Federal, cada qual com uma posição, já antevejo que a questão, como tantas outras no Brasil,poderá terminar em numa tremenda “pizza”. Quem sabe, possam ainda utilizar da a quiromancia, cartomancia e tarô.

Já que a Convenção de Haia é posta em dúvida e diante de tudo isso, talvez seja melhor, mais seguro e mais justo disputar, em melhor de três, no par ou ímpar. Eh, Brasil!

Com informações da revista Conjur, onde se encontram outros links em torno da matéria.

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