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01 abril 2009

DELEGADO PROTÓGENES, O CAÇADOR QUE VIROU CAÇA

Foto uol notícias

Depois de protagonizar a investigação policial denominada Satiagraha e tornar-se quase uma celebridade; depois de declarar publicamente que iria se candidatar a ser carcereiro do banqueiro Daniel Dantas, a quem chama de bandido, o delegado federal Protógenes Queiroz passou a ser alvo, ele próprio de investigações por supostas ações clandestinas.

Convocado a comparecer perante a Comissão Parlamentar de Inquérito das escutas telefônicas clandestinas hoje (1/4), ele acaba de pedir, por intermédio de seus advogados, um salvo conduto ao STF com receio de ser alvo de ilegalidades ou mesmo de prisão por parte da CPI. O HC foi distribuído ao Ministro Menezes Direito, com pedido de urgência para apreciação da medida liminar pleiteada.

Entretanto, a comissão decidiu adiar a convocação e ouvirá o delegado na próxima quarta-feira (8), às 14h30. Já o depoimento de Paulo Lacerda foi remarcado para a outra quarta-feira, dia 15, às 14h30.

Para usar a expressão da moda: arê baba!

Leia a notícia do STF:

O delegado de Polícia Federal Protógenes Pinheiro de Queiroz impetrou, na tarde desta segunda-feira (30), Habeas Corpus preventivo (HC 98441) no Supremo Tribunal Federal em razão de convocação por parte da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das escutas telefônicas clandestinas. O depoimento foi marcado para a próxima quarta-feira (1).

Segundo a defesa de Protógenes Queiroz, não há tempo hábil para que o Supremo decida o mérito do HC, que é garantir ao policial o direito de permanecer calado durante as perguntas da CPI na Câmara dos Deputados. Por isso, os advogados do delegado pedem, liminarmente, que o Supremo garanta um salvo-conduto contra ilegalidades e contra a obrigatoriedade de ele assinar termo de compromisso como testemunha no depoimento. Requerem, também, que seja garantido o direito de Protógenes Queiroz de permanecer calado sem que seja preso por isso, e que tenha assistência de um advogado durante todo o depoimento.

O policial foi responsável pela operação que investigou e prendeu o banqueiro Daniel Dantas, dono do banco Opportunity, alguns executivos da instituição, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e o investidor Naji Nahas – todos acusados de crimes contra o Sistema Financeiro. Depois de deflagradas as prisões, o nome de Protógenes foi associado – pela imprensa – a supostos grampos ilegais que teriam sido feitos inclusive no Supremo Tribunal Federal. Ele foi afastado da função de diretor de Inteligência Policial da Polícia Federal e é alvo de inquérito policial em São Paulo.

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