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05 maio 2009

A CRISE BRASILEIRA



O conceituado jornalista Jânio de Freitas publicou provocante artigo na edição de domingo (03/05) do jornal Folha de São Paulo afirmando que a crise brasileira se encontra na degradação das instituições e do Estado de Direito e culmina deixando uma indagação subliminar se ainda é possível sair desse estado de coisas.

De parte deste blog, como se pode constatar em alguns comentários feitos em postagens anteriores, confesso que tenho poucas esperanças na mudança desse quadro. Querem fazer acreditar que tudo de ruim que fazem e cada vez fazem coisas piores é porque sempre foi feito assim. Isso não pode ser verdade, mas vai se tornando uma verdade, de tanto que repetida. E acaba provocando uma incômoda e incompreensível apatia generalizada na sociedade civil. Não se pode aceitar esse estado de coisas e, infelizmente, não se vê medidas capazes de alterar o rumo desses desmandos, da falta de compostura e de verdadeiro desapreço ao mínimo de ética com a coisa pública. Difícil desatar esses nós.

Abaixo o primeiro parágrafo do texto referido e em seguida o link.


AS DIFERENÇAS de personagens e de circunstâncias, nas aberrações que se revelam umas após outras em Brasília, levam a vermos cada episódio como um fato em si, sem conexão com os precedentes e com os que se insinuam para o nosso próximo pasmo. Mas o mensalão não seria possível na Câmara se no Congresso não vigorassem a permissividade e a desmoralização que mostram agora, no Senado, outras de suas faces. As medidas provisórias que jorram da Presidência da República, em outro exemplo, só são possíveis, no seu amalandrado desrespeito à Constituição, porque logo ao se instalar o governo comprou grande parte do Legislativo, pagando com cargos públicos do Executivo. E aí está, com as recentes invasões de Poderes alheios, o Judiciário, ou, em citação mais justa, o Supremo Tribunal Federal e o Tribunal Superior Eleitoral.Nada é isolado, fatos limitados a si mesmos, na sucessão de aberrações que explodem sem cessar em Brasília. Trata-se, na expressão comum e mais prática, de um estado de coisas.


Vale a pena ler a íntegra do artigo Se ainda for possível.

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