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20 maio 2009

PRESIDENTE DA CÂMARA DOS COMUNS ANUNCIA RENÚNCIA

Foto Yahoo

O presidente da Câmara dos Comuns britânica, Michael Martin, renunciou nesta terça-feira (19/5). A queda de Martin, a primeira vez em três séculos em que o titular desse posto é forçado a renunciar, ocorre após a divulgação de gastos excessivos por parte dos parlamentares.
Martin não estava envolvido nas recentes revelações sobre gastos parlamentares, porém, foi acusado de criar um ambiente em que esses excessos eram permitidos. Martin anunciou hoje que deixará o posto em 21 de junho.
Martin resistiu a reformas com o objetivo de tornar os gastos dos deputados mais transparentes e lutou para impedir a publicação das acusações na imprensa. Entre os gastos pagos com dinheiro público havia despesas para compras de móveis para residências dos políticos ou para pagar juros de hipotecas. Uma deputada pediu reembolso do valor gasto por ela para comprar comida para seu cachorro, por exemplo.

Correio Braziliense, com informações da Agencia Estado.
Nota do blog:
A praga da corrupção e do abuso no uso do dinheiro público não é privilégio do Brasil. Mas, nos países civilizados, os envolvidos são compelidos a devolver o que abocanharam indevidamente e os responsáveis pelos órgãos, renunciam, ainda quando, como no caso inglês, não tenha ele (o presidente da Câmara) se envolvido diretamente, curvando-se diante da repercussão dos fatos na opinião pública.
Aqui, apesar de todas as falcatruas que praticam permanecem nos mesmos cargos e até lutam para nele permanecer. Vide deputado que "se lixa" para a opinião pública que teve o desplante de ir ao STF para continuar na relatoria do processo de seu colega acusado de construir um castelo de milhões de reais com dinheiro que supostamente deixou de recolher à previdência social, cuja denúncia já foi aceita pelo Supremo. Não conseguiu, mas pouco tá se lixando pra isso também.
Aqui, depois de todos os escândalos, a Câmara Federal diz que cortará pouco menos de dez por cento de um orçamento de R$ 3 bilhões e as vantagens escamoteadas serão incorporadas aos subsídios. E fica por isso mesmo.
Na Câmara pagam R$ 3.000,00 de auxílio moradia e no Senado R$ 3.800,00. O senador Gerson Camata e sua mulher, a deputada Rita Camata moram juntos e recebem R% 6.800,00. E dizem que é lícito pelas normas das casas que atuam. Pode não ser ilícito, mas é imoral.
O que falta a esses políticos brasileiros? Talvez a resposta esteja na reprodução do texto que o blog publica em seguida.

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