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16 outubro 2008

ORKUT VIRA FONTE DE CONSULTA DO EMPREGADOR



O Orkut é um sítio de domínio público na internet onde as pessoas espontaneamente colocam informações pessoais, fotografias, filmes, uma infinidade de detalhes que permitem que se tenha uma boa idéia de quem seja o cidadão.

Em outras palavras, o indivíduo se apresenta como quer que "o mundo" o veja, talvez não o seu futuro patrão, mas não pode impedir o acesso ao seu perfil...

Os usuários cadastrados no Orkut registram um perfil que contém desde informações básicas de acesso (obrigatórias) como informações secundárias (opcionais). Cada usuário no Orkut tem um perfil próprio que é dividido em três partes:

Social: Perfil social ou geral. O usuário pode falar um pouco de si mesmo, de características como gostos, livros preferidos, músicas, programas de TV, filmes, etc.

Profissional: Seleção da atividade profissional com informações sobre seu grau de instrução e carreira.

Pessoal: Apresenta o perfil pessoal do indivíduo de forma a facilitar as relações interpessoais. Apresenta informações físicas, e sobre o tipo de pessoa que ela gostaria de se relacionar, ou mesmo até mesmo namorar/casar). (Wikipédia)

A notícia do site raciocínio crítico diz que os setores de recursos humanos de algumas empresas não se contentam mais apenas em analisar curriculum vitae, buscando também nos sites de relacionamento informações sobre a pessoa que procura um emprego.

Na era da ética perdida, da falência moral, até que ponto o comportamento abaixo descrito fere ou não direitos alheios?
(Enviado por RGM)

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Notícia de Terça, 30 de Setembro de 2008

Orkut curricular
Creio que algumas questões precisam ser levantadas: primeiro, o empregador particular tem total autonomia para colocar em sua organização quem for desejado - sem nenhum compromisso com o conceito de competição igual para todos que sempre vislumbramos no contexto público. Segundo, considerando que empresas buscam pessoal qualificado na grande maioria das vezes, é sensato pensar que os profissionais de Recursos Humanos serão suficientemente capacitados para desprezar pormenores em suas consultas ao orkut a exemplo de preferências por clubes de futebol, rixas regionais, dentre outras coisas.

A maior preocupação, com certeza, se concentra naqueles indivíduos que não se constrangem em expor nome completo, idade, cidade, estado e sua própria imagem juntamente com comunidades vinculadas à pornografia ou fóruns daqueles que odeiam acordar cedo ou que declaram que só casarão quando determinado bloco de carnaval for extinto. Quanto à pornografia, creio ser uma grande oportunidade para os selecionadores descartarem pessoas desse tipo, o que dificilmente ocorreria por esse motivo em um processo seletivo. Quanto aos outros dois casos citados, creio que não deveria ser utilizado como diferencial negativo para alguém não ser empregado, mas com certeza não é um aspecto positivo, já que demonstra falta de seriedade e descompromisso com coisas muito sérias da vida como o matrimônio.

Uma avaliação correta dependerá de dois aspectos: primeiro, por parte do empregador, a utilização por parte dos profissionais de Recursos Humanos dos critérios corretos para a escolha, filtrando futilidades recorrentes no Orkut e prestando muita atenção às aberrações, que devem ser cravadas como aspectos de eliminação. Por parte dos candidatos, uma luz vermelha à imbecilização que toma conta do supramencionado site de relacionamento, no qual as pessoas expõem sua vida pessoal e mostram interesses por verdadeiras aberrações internéticas. Com certeza, uma grande oportunidade de conter a alienação que vem se alastrando nos segmentos mais jovens da sociedade brasileira. Emprego não é apenas qualificação, mas principalmente conduta.
Artur Salles Lisboa de Oliveira

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