Sobre o incidente ocorrido no Rio de Janeiro com o candidato José Serra, o presidente Lula da Silva esbravejou hoje no Rio Grande do Sul, como sempre fez em seus comícios de porta de sindicato, que o fato era um factóide da equipe de publicidade do Serra e por isso deveria ser considerado o dia da mentira.
A rede Globo mostrou outra versão de que foram dois objetos arremessados contra Serra, um deles semelhante a um rolo de fita adesiva, o que foi confirmado por um perito.
Bem, parece que não foi ontem o dia da mentira. O dia da mentira foi o dia que Lula, Dirceu e Cia. assinaram um documento renegando todas as diretrizes do PT e depositando no lixo a ética política para aliviar a tensão da economia que atingia índices preocupantes com a possibilidade de sua vitória na primeira eleição para presidente que - afinal e só por isso - logrou vencer. Não foi a esperança que venceu o medo. Foi a mentira. Lula, como presidente, procurou os piores ditadores do mundo para apoiar. Isso é sintomático. Demonstra uma vontade pessoal pelo autoritarismo. Nesse particular, nada a estranhar. O PT votou contra a Constituição Federal e não a assinou, portanto, não tem qualquer compromisso com a Constituição Cidadã. O PT votou contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT votou contra o plano real, que salvou o Brasil da inflação.
Então, aquele dia em que rasgaram o programa do partido, aquele sim deve ser considerado o dia nacional da mentira, porque embora tenha seguido religiosamente a política econômica de FHC, no campo político o partido demonstra que tem uma sede implacável e incomensurável pelo poder, para partilhar com seus companheiros e se beneficiar de todas as benesses dos cargos públicos que ocupam, quando não para amealhar em proveito próprio os recursos financeiros arrecadados de todos. Não se sabe o que é público e o que é particular. Lula, aliás, nunca fez essa diferença, que é essencial num Estado Democrático de Direito. Nesse governo, partido e governo são a mesma coisa. Servem para servir seus integrantes, nada mais.
A Casa Civil sempre foi nesses dois governos de Lula uma verdadeira Casa da Mãe Joana, de onde emanaram as mais suspeitas maracutaias. Desde o escândalo que levou Zé Dirceu (considerado pelo MPF como chefe da quadrilha) a ser cassado pela Câmara Federal a Erenice, braço direito da Dilma desde quando ela foi ministra das Minas e Energia e, por sua incapacidade, dado um prejuízo de dois bilhões de reais aos consumidores brasileiros, segundo divulgou a imprensa.
No post sobre “A Escolha de Sofia. Serra ou Dilma?” publicado anteontem, anotei:
“Não jogue 510 anos de história, lutas e conquistas no abismo nazi-petista.”
Ontem, o filósofo do humor brasileiro, que se intitula com fiel modéstia como o guru do Meier, reafirmou essa idéia assim: EDITORIAL DO MILLÔR |
Pela segurança, entusiasmo e capacidade de convencer a patuléia, inteleqtuais incluídos, de qualquer absurdo de que nem ele mesmo sabe do que se trata, desconfio muito que Lula andou lendo Mein Kampf. Vai ver que até em alemão. Só que Hitler era muito mais culto. Mais safo. E com inimigos melhores. (Millôr.online,Ano X. Número 559. Outubro de 2010, no UOL) |
Essa campanha eleitoral está cheirando muito mal. E a catinga maior vem, sem dúvida alguma, do Planalto Central, onde habitam os aloprados, os fabricantes de falsos dossiês, os carregadores de dólares na cueca, os que desmoralizaram os Correios, os violadores de sigilo fiscal e os corruPTos que usaram os cargos públicos em benefício próprio e de seus familiares. São os “donos” do poder e querem ser os “donos” do Brasil.
Cabe a cada um de nós por um freio nessa farra. E resgatar a verdadeira democracia, que corre sério risco no Brasil. Quem não é a favor desse governo vira inimigo, seja quem for.
Quem é democrata e prima pela liberdade de expressão sabe que o momento é crítico.
A hora está chegando. Chega de “erros”. Chega de arrogância, prepotência e autoritarismo.
Em 31 de outubro vote por um país melhor.
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