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17 setembro 2008

Ministro negro toma posse no STJ


Depois do ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal, agora é o Superior Tribunal de Justiça que recebe seu primeiro ministro de cor negra.
Trata-se do desembargador federal Benedito Gonçalves, da 2ª. Região, que foi nomeado para o cargo de ministro do STJ. O ato de nomeação foi publicado na edição de 28/08/2008 no DOU (Seção 2).
Natural do Rio de Janeiro, Benedito Gonçalves começou sua carreira na magistratura como juiz federal, aprovado em concurso público de provas e títulos no ano de 1988. Dez anos depois, foi promovido, por merecimento, ao cargo de desembargador federal do Tribunal Regional Federal (TRF) da 2ª Região, com jurisdição nos estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo.
A posse do novo ministro foi esta tarde, no plenário do STJ, ocasião em que afirmou ser sua maior preocupação a garantia da eficácia da decisão judicial.
Votos de sucesso. Essa deve ser uma preocupação de todos quanto atuam nas lides forenses.

2 comentários:

Anônimo disse...

Se o Ministro não entrou pelo sistema de cotas, qual a razão da indicação de sua cor?

Quero crer que não se trate de uma subliminar manifestação de racismo, como se o Estado estivesse praticando ato de caridade em favor de um pobre-diabo...

E por falar em sistema de cotas, com a conquista dos afro-descendentes aos mais altos postos da República, qual seria mesmo a justificação para a existência desse sistema racista, segregador, estigmatizante, implementado pelos caucasianos tupiniquins que se vêem loiros e de olhos azuis na razão direta de suas contas bancárias?

Anônimo disse...

A indicação teve o objetivo de marcar a importância do evento, ou seja, somente agora é que um ministro de cor ingressa no Tribunal da Cidadania. Mais de duzentos anos após a independência do Brasil.
E nenhum descendente de índios (ditos aculturados), até hoje, se tem notícia de haver ocupado qualquer função relevante nas lides judiciárias, embora tenhamos tido o prazer de ver uma advogada índia no plenário do STF por ocasião do julgamento do caso Raposa Serra do Sol. São fatos.
As quotas, se bem dosadas, podem acabar com essas dificuldades. Ou não?
Klodin